Conheça pessoas como você que optaram por viver fora do sistema

Tempo de leitura: 5 minutos

Você já pensou em viver fora do sistema? Sem trânsito para ir trabalhar e sem chefe? Conheça alguns casais que tomaram esta decisão e hoje vivem de uma forma diferente.

Sonho de sair da cidade grande

Em 2012 pela primeira vez na história da humanidade, a população urbana ultrapassou a população rural. Este aumento na densidade demográfica no meio urbano, somado à uma política econômica mundial movida pela indústria do automóvel e do petróleo estão tornando as cidades cada vez mais insuportáveis: excesso de poluição, engarrafamentos cada vez maiores e velocidades médias cada vez menores ( a velocidade média em São Paulo é menor que a velocidade de uma galinha) além do custo de vida cada vez mais alto.

Este fatores têm levado muitas pessoas a tomar uma decisão que vai na contra-mão da tendência mundial: mudar da cidade grande para o interior ou áreas rurais. No estado do Rio de Janeiro,  morar na capital tem se tornado cada vez mais inviável devido ao custo de vida em muitos bairros ser maior do que morar em Madrid ou Barcelona. Aproveitando a especulação imobiliária, muitos cariocas têm colocado seus apartamentos à venda e utilizado a quantia para mudar da capital para o interior onde os imóveis chegam a ser 50% e muitas vezes 80% mais baratos, restando ainda um capital para poder ser utilizado na fase de transição ou em um “ano Sabático”.

Na capital paulista a realidade não têm se mostrado muito diferente. Apesar dos esforços do governo atual em melhorar o transporte público e aumentar significativamente a quantidade de ciclovias, os engarrafamentos tem levado muitos paulistas a pensarem em se mudar para uma cidade pequena, muitas vezes ainda na região metropolitana porém com uma população menor.

Ecovilas e Zona Rural

O sonho de sair da cidade grande têm motivado muitos brasileiros a se informarem mais sobre alternativas como comprar uma terra em conjunto com amigos para fundar comunidades, condomínios sustentáveis e até mesmo ecovilas. O desejo de mudar de vida têm movido milhares de pessoas no fluxo reverso. Muitas pessoas passaram a dar valor àquele sítio da família esquecido, procurando formas de gerar renda a partir da terra.

A capacitação que mais empodera os participantes e gerenciar de forma auto-sustentável uma casa, chácara, sítio ou fazenda é o curso de Design em Permacultura que tem 10 dias de duração e ocorre duas vezes ao ano, no Carnaval e nas férias de Junho no Instituto Pindorama e outras estações de Permacultura mundo afora. Durante este período os alunos são capacitados em formas de auto-construção de casas, utilizando materiais do local, cortando drasticamente os gastos com mão-de-obra e material de construção, além de receberem treinamento em energias alternativas, eco-saneamento, produção de alimentos em hortas e de cogumelos e toda capacitação na metodologia de design proposta pela permacultura.

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Malu Paes Leme e Luiz Salles são um exemplo desta transição. Malu é chef de cozinha vegana e em 2013 junto com seu esposo e sogros participou do PDC de carnaval do Instituto Pindorama. Ano passado tiveram seu primeiro filho e esta chegada influenciou ainda mais a decisão do casal de se mudar para o campo. Malu investiu mais em seu site alimentacaointeligente.com.br e em estudar técnicas de marketing digital para poder trabalhar em casa, seu esposo Luiz mantém a maior parte das despesas com o pé-de-meia que juntou com alguns anos trabalhando com manipulação de imagens e também com o aluguel de um apartamento que possui.  O casal também está produzindo a biomassa de mandioca chamada Ouro da Terra (http://www.ourodaterra.com/) e vende a produção em lojas de produtos naturais no Rio de Janeiro.

Malu Paes Leme
Malu Paes Leme se deliciando com suco de maracujás da cerca viva

Outros casais tem descoberto a permacultura como uma ferramenta que possibilita uma vida menos corrida, com mais tempo para criar os filhos, com menos gastos com habitação e alimentação, proporcionando uma vida melhor com menos recursos financeiros.  Sem dívidas com financiamento da casa própria, com parte da alimentação suprida pela horta e pomar orgânicos e com sistemas alternativos de educação em casa, a qualidade de vida de muitas famílias tem sido transformada pela permacultura, pela vida simples com o pensamento elevado.

Francis Maglia e Raquel Miranda trabalhavam na área de engenharia em uma multinacional. Num dado momento começaram a se questionar se esta era a vida que gostariam de ter por mais uma década e decidiram que não. Alugaram o apartamento espaçoso que tinham e venderam o carro, mudaram-se para perto do trabalho e continuaram trabalhando por 2 anos fazendo um pé-de-meia. Como tinham uma meta estabelecida, este tempo passou com mais suavidade pois sabiam que a liberdade estava próxima. Na verdade o sonho do casal era comprar um barco e morar embarcado, viajando pelo mundo. No site findacrew encontraram navio de uma ONG onde trabalharam como voluntários e acabaram viajando por várias ecovilas e fazendas orgânicas pelo mundo. Acabaram descobrindo a permacultura na Thailândia e se encantaram com as possibilidades.

Francis e Raquel

Francis e Raquel criaram o blog http://www.downshiftingforearth.org ou “Desacelerando pela Terra” onde o casal publica uma série de artigos sobre suas viagens e relatórios sobre o decréscimo na pegada de carbono da nova vida que tem levado como voluntários em ecovilas, estações de permacultura, fazendas orgânicas e centros de meditação.

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